CONSERVEIRA PINHAIS ABRE UM MUSEU-VIVO NA SUA FÁBRICA EM MATOSINHOS

A conserveira Pinhais, que comemorou o centenário no ano transato, vai abrir um museu-vivo na sua fábrica, em Matosinhos, ainda durante o corrente mês. O projeto denomina-se “Conservas Pinhais Factory Tour” e vai conduzir os visitantes pelas diversas fases do processo de produção, que é assente, ainda, num método artesanal, proporcionando uma experiência imersiva, com a participação no processo de embrulho das latas de conserva e em provas de degustação das iguarias.

 

 

A conserveira Pinhais investiu três milhões de euros num museu-vivo, que convida todas as faixas etárias a descobrir a fábrica e o seu espólio, bem como a história da empresa e da indústria conserveira e inclui a prova de produtos.

Assim, “num edifício que mantém a traça arquitetónica e que, em 2020, recebeu a classificação de edifício de Interesse Municipal”, a Pinhais está a lançar o “Conservas Pinhais Factory Tour”, “um museu-vivo pioneiro da indústria conserveira, que alia a sua fábrica histórica às suas marcas estratégicas Pinhais e Nuri”.

Localizado na Avenida Menéres, o projeto, cuja obra foi entregue à Norasil, conta com a parceria institucional da Câmara Municipal de Matosinhos e tem como principal objetivo proporcionar “uma experiência imersiva sobre todas as fases do processo ao vivo” e visa, segundo a empresa, “contribuir para a preservação e valorização da indústria conserveira de Matosinhos”.

Para a conserveira, “a instalação de um museu-vivo na fábrica Pinhais enquadra-se nos seus objetivos, valores e missão, permitindo assim salvaguardar e valorizar a memória da indústria conserveira a todos os visitantes, que cada vez mais procuram experiências verdadeiras, que ativem os cinco sentidos e que sejam únicas”.

De acordo com Patrícia Sousa, diretora de marketing da Pinhais, “este projeto, que nos permite a comunicação da nossa cultura e herança conserveira, é um sonho concretizado para o mais precioso dos nossos ativos, as pessoas que aqui trabalharam desde sempre e que compõem a família Pinhais. É, também, uma homenagem às diferentes gerações da mesma família, que marcam o percurso da empresa, nos últimos cem anos. Tudo na Pinhais respira autenticidade, tradição e qualidade, desde o edifício histórico, passando pelo método de produção (que se traduz em conservas inigualáveis) e culminando no mais importante, a família das Conservas Pinhais nos seus 146 colaboradores que dominam e preservam vivo um processo artesanal praticamente extinto no mundo”.

Por outro lado, Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, referiu que “este projeto apresenta caraterísticas únicas no setor do turismo industrial, será um museu-vivo com uma dinâmica muito própria e grande ligação às tradições de Matosinhos. A autarquia entende ser um equipamento estratégico e de grande valia para o desenvolvimento económico da região”.

A visita “permitirá conhecer uma das mais antigas fábricas em atividade, conhecendo um espólio diversificado que faz parte da história do processo produtivo artesanal, mergulhar na história da empresa e da indústria conserveira, através de conteúdos digitais exclusivos, e participar no processo de empapelamento (embrulhar as latas segundo as técnicas das artesãs da empresa)”, sublinhou a Pinhais, enaltecendo que “a tour culminará numa das salas mais imponentes do edifício, com uma prova das iguarias da Pinhais e ainda na loja, onde se encontram conservas e artigos de colecionador”.

Neste contexto, a diretora de marketing da Pinhais ressaltou, ainda, que “queremos proporcionar uma experiência diferenciadora, única e sustentada numa tradição centenária. Preservar a memória e legado da indústria, partilhar as origens, processos, histórias e pessoas por trás das nossas marcas, são os grandes objetivos na base deste projeto. Por estes motivos, consideramos que este conceito de museu-vivo só faz sentido existir na Pinhais que, além do espólio, arquitetura e filosofia, se orgulha de manter em pleno século XXI um método tradicional raro em toda a sua produção, representando a génese do setor, tal como era há 100 anos”.