FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE: CULTURA E TRADIÇÃO EM SIMBIOSE NO PORTO FORMOSO

A 16ª edição do Festival Internacional de Folclore do Porto Formoso decorreu no dia 12 de agosto, no Porto de Pescas desta localidade e contou com a participação não só do anfitrião, Grupo Folclórico de Nossa Senhora da Graça, como de diversos grupos oriundos do Brasil, Eslováquia e Equador. Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Rúben Adriano, presidente da Junta de Freguesia de Porto Formoso, e Boaventura Rodrigues, presidente do Conselho Internacional de Organizações de Festivais de Folclore (CIOFF), juntaram-se às centenas de pessoas presentes neste evento, que contribuiu para a preservação das tradições locais.

 

O Porto de Pescas do Porto Formoso voltou a acolher, no passado dia 12 de agosto, a 16ª edição do Festival Internacional de Folclore. Com entrada gratuita, este evento, que se assume como um marco cultural na localidade e no concelho da Ribeira Grande, contou com a participação de grupos do Brasil, Eslováquia e Equador, promovendo o intercâmbio cultural entre os diferentes países.

Promovido pelo Grupo Folclórico de Nossa Senhora da Graça do Porto Formoso, em parceria com o COFIT (Comité Organizador de Festivais Internacionais da Ilha Terceira), este evento voltou a atrair centenas de pessoas, entre as quais Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Rúben Adriano, presidente da Junta de Freguesia de Porto Formoso, e Boaventura Rodrigues, presidente do Conselho Internacional de Organizações de Festivais de Folclore (CIOFF).

Com 25 anos de existência, este grupo folclórico já participou em inúmeros festivais além-fronteiras. “Nos últimos anos, esta associação representou várias vezes e muito bem a Região Autónoma dos Açores, o concelho da Ribeira Grande e o Porto Formoso. Já há alguns anos que o Festival tem ganho uma grande dimensão, porque os grupos que vêm de fora, ao fim e ao cabo, tornam o cartaz muito rico”, afirmou Rúben Adriano, presidente da Junta de Freguesia de Porto Formoso, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA.

Assegurando que a 16ª edição desta iniciativa contou com uma forte adesão e que “foi muito gratificante”, o autarca portoformosense confessou estar entristecido com a falta de apoios por parte do Governo Regional dos Açores. “A Junta de Freguesia contribuiu, dentro das suas possibilidades, com um apoio monetário e logístico, o que, para nós, não é fácil, porque, como toda a gente, estamos a passar por dificuldades tremendas por falta de mão de obra e de recursos humanos, mas nós temos de continuar na luta. Ainda assim, logisticamente, também disponibilizamos duas viaturas de nove lugares naquela semana. A Câmara Municipal da Ribeira Grande também apoiou, e bem, o nosso Grupo Folclórico de Nossa Senhora da Graça. A única instituição que não apoiou foi o Governo Regional dos Açores. Julgo que foi a primeira vez que isto aconteceu, o que é mau, porque é mais um indício de que alguma coisa tem de mudar”.

Neste seguimento, o autarca evidenciou a relevância do Grupo Folclórico de Nossa Senhora da Graça do Porto Formoso lembrando que “em novembro esta associação vai à Casa de Portugal, em França, representar os Açores, a região, e isso tem um grande significado para nós, portoformosenses” e que “tivemos cá o presidente da CIOFF que desafiou o Grupo Folclórico de Nossa Senhora da Graça para organizar o primeiro festival do Conselho Internacional de Organizações de Festivais de Folclore nos Açores, o que é de uma grandeza enorme”.

Ressaltando que “a cultura é de todos e para todos, não é só de alguns”, Rúben Adriano afiançou, ainda, que “tem de haver apoios. Nós temos de estar todos, aqui, de mãos dadas e de olhar para estas situações, que merecem muita atenção”.