“Em primeiro lugar, eu queria mais uma vez agradecer ao senhor Joaquim Ferreira Leite a alma, a verdadeira alma deste grande Jornal AUDIÊNCIA, que já chega à nossa diáspora e eu tenho a vantagem, porque não só tenho acesso ao AUDIÊNCIA, que se publica na terra onde eu nasci, na minha Ribeira Grande, como estou a aprender muito com o AUDIÊNCIA que se publica nesta área do país.
Eu fui para o Canadá como estudante estrangeiro e foi aí que eu conheci Portugal, os portugueses e os Açores de todas as ilhas, quando eu comecei a pesquisar, a nível de mestrado, de doutoramento e de pós-doutoramento. Eu estava longe de pensar que viria um dia aqui, ao Norte de Portugal, receber um prémio como este, que me deixa muito feliz. Como a hora passa, eu só queria dedicar este prémio, que não é só meu, à minha família, que somos naturais da Ribeira Grande, ao meu pai, à minha mãe, à minha irmã Natália, que está cá, à minha mulher, que não pôde estar aqui presente, assim como às comunidades portuguesas da costa do Atlântico, à costa do Pacífico e à costa do Ártico.
Eu só espero que o Trump um dia não queira anexar à força o Canadá, porque nós somos o segundo país maior do mundo. Somos um país de apenas 37 milhões de pessoas, mas 1/3 da população nasceu fora do Canadá e é isso o que faz do Canadá um país único e um verdadeiro laboratório social, que me encoraja, apesar de já ter 65 anos, a continuar a publicar, não só sobre as comunidades portuguesas, mas sobre muitos grupos étnicos e interessa-me muito estudar a integração daqueles emigrantes, porque o Canadá é, realmente, um país de emigrantes. É um país que não tenta assimilar os emigrantes, mas faz tudo para que eles se integrem. Portanto, este prémio vai também, em grande parte, para todos aqueles homens e mulheres continentais açorianos e madeirenses, que eu entrevistei de Montreal a Toronto, até à grande província da Columbia Britânica.
Portanto, eu às 6 horas tenho um voo, que vai durar perto de 16 horas e, como tal, para todos vocês, eu desejo-vos o melhor e se tiverem tempo, se forem à cidade de Vancouver, que é uma das cidades mais bonitas, por favor, Carlos Teixeira, University of British Columbia, garante-vos que terão um jantar com vinho do Porto, e eu faço questão de ter vinho do Porto de 10, 20 e 30 anos, porque, realmente, é a melhor maneira de divulgar Portugal. Para todos vocês, muitas felicidades e obrigado por tudo”.