A Paz de Westphalia em 1648 estabeleceu formalmente o sistema de estado-nação na Europa e a partir daí, as elites europeias enriquecidas pelo legado duradouro e lucrativo de seu controlo sobre as populações domésticas locais, apoio à conquista imperial de terras não europeias, subjugação colonial de povos indígenas e comércio internacional de
escravos, mas também apoiadas pela violência militar, foram capazes de impor uma longa série de mudanças nos sistemas políticos, económicos e jurídicos nacionais que facilitaram o surgimento do capitalismo industrial na Europa do século XVIII.
Essas mudanças políticas, económicas e inter-relacionadas facilitaram a pesquisa científica cada vez mais voltada para a utilização de novos recursos e inovações tecnológicas que impulsionaram a invenção contínua de máquinas e o aproveitamento da energia movida a carvão para incrementar a produção industrial.
Assim, viu a luz do dia uma Elite Global formada com aquelas famílias que adquiriram vasta riqueza e estabeleceram firmemente o seu poder político e económico na sociedade global no final do século XIX, pelo que podemos bem afirmar que essas famílias desempenharam o papel central na formação de instituições e eventos que proporcionaram uma estrutura à
qual se juntaram outras pessoas ricas, globalmente falando, tais como o chamado «lobby» judaico, Rothschild, os Rockefeller, Carnegie, Morgan, Vanderbilt, todos caindo nas boas graças dos governantes e das casa reais e tendo como objectivo, entre outros, de se apoderarem dos recursos naturais existentes, ao mesmo tempo que criaram e controlaram
uma comunicação social encarregada de lhes realçar as virtudes.
A criação do Federal Reserve nos Estados Unidos foi apenas uma das muitas etapas preliminares tomadas ao longo de um período de 25 anos por um especial grupo de homens em posições-chave que conspiraram para iniciar a Primeira Grande Guerra, moldar a futura ordem mundial e lucrar enormemente com a morte e destruição, se olharmos para o custo primário da Primeira Guerra Mundial que foi de 20 milhões de vidas humanas, mas foi também imensamente lucrativo para alguns.
O Major General Smedley Butler, no seu livro publicado em 1935, escreveu: «A guerra é uma raquete. Sempre foi. É possivelmente o mais antigo, facilmente o mais lucrativo, certamente o mais cruel…. É a única em que os lucros são contabilizados em dólares e as perdas em vidas…. É conduzido para o benefício de poucos, às custas de muitos. Com a
guerra, algumas pessoas fazem fortunas enormes».
Por outro lado, o professor Antony C. Sutton considerou a documentação original e os relatos de testemunhas oculares para revelar o que continua a ser um dos factos mais notáveis e pouco divulgados da Segunda Guerra Mundial, ou seja, em seu relato Sutton documenta cuidadosamente como Bancos proeminentes de Wall Street e empresas americanas apoiaram a ascensão de Hitler ao poder, financiando e negociando com a Alemanha nazi, chegando à desagradável conclusão de que «a catástrofe da Segunda Guerra Mundial foi extremamente lucrativa para um grupo selectivo», tal como, os JP Morgan e TW
Lamont, os Rockefeller, a General Electric, Standard Oil, General Motors, Ford Motor Company e os Bancos National City, Chase e Manhattan, na «guerra mais sangrenta e destrutiva da história».
A IG Farben, por exemplo, era tão importante para o esforço de guerra nazi que produzia 100% de seu óleo lubrificante , 95% de seu gás venenoso usado nas câmaras de extermínio, 84% de seus explosivos, 70% de sua pólvora e combustível de aviação, em suma, o custo em vidas humanas da Segunda Guerra Mundial foi de 70 a 85 milhões de seres humanos, mas
não houve custo para as corporações de Wall Street e seus comparsas, mas sim apenas lucros massivos.
Actualmente, existem instituições transnacionais que servem os interesses do grande capital, destacando-se o Banco Mundial, FMI, G20, G7, Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Económica Mundial Fórum (WEF), Comissão Trilateral, Grupo Bilderberg e particularmente duas importantes organizações globais de planeamento de
políticas de elite, o Grupo dos Trinta e o comité executivo da Comissão Trilateral. No momento preocupante que vivemos nos dias de hoje, face aos conflitos bélicos existentes, não é surpreendente que a oligarquia belicista em Washington, apoie
fortemente Victoria Nuland, com vários cargos de responsabilidade elevada, atribuídos durante décadas nos mandatos dos presidentes Obama e Biden.
Seguramente, estamos bem lembrados do seu estilo agressivo de diplomacia que empurrou a Ucrânia para um banho de sangue que já dura há dez anos, já que ela era uma das arquitectas do infame golpe Maidan e esteve presente no terreno apoiando e monitorizando a golpada nazi, cujo símbolo máximo é um comediante, com provas dadas nessa actividade.
A ostentação sarcástica de Nuland sobre o ataque terrorista nos oleodutos, que em palavras suas, se tornou «um pedaço de metal no fundo do mar», indica claramente quem está envolvido nessa operação provocatória e grotesca.
Em resumo e pelo atrás descrito, desde o alvorecer da civilização humana há 5.000 anos, muitos seres humanos encontram-se hoje tomados por um sentimento de enorme preocupação quanto ao advir, pois sucedem-se as guerras, crises financeiras, desastres naturais e pandemias que as «elites» provocam e controlam a seu belo prazer para impedir as mudanças profundas na ordem mundial.
Enquanto a nível mundial um número reduzido de personagens detem um imenso património, protegido nos paraísos fiscais, uma boa parte da população do planeta sobrevive com baixos salários, dorme debaixo das pontes e as crinças morrem de fome e desnutrição. No entanto, o ser humano comum e só ele, se quiser pode e deve derrotar este programa
absurdo, metendo os pés ao caminho no sentido de lutar por mais igualdade, justiça social, fraternidade e desenvolvimento económico harmonioso, com respeito pela soberania dos países e povos.